E tudo perdeu o sentido. De novo. A noite fria e silenciosa dava uma impressão de solidão, que não passava por nada. O vento batia e dava calafrios. Esses calafrios lembravam a infância, sozinha e triste. Sempre à procura de uma pessoa em quem confiar, uma pessoa pra servir de guia, pra mostrar-lhe o caminho. Esperando por uma mão que salvasse do fundo do poço, tirasse da lama, desse tapinhas nas costas, mas também um tapa na cara quando fosse necessário. E então o vento parou. E voltou a solidão do momento em que se encontrava: no meio da rua, sem ter pra onde ir, pra onde olhar, com quem falar. Mas aí, em meio a esse silêncio todo, pôde perceber que em momentos assim podia encontrar respostas que não havia encontrado quando no meio das pessoas. Pessoas que por vezes aparentavam ser companheiras, mas que na verdade não estavam lá quando precisavam estar. Então sorriu. No meio da sua solidão, sentiu-se bem. Confortável. Em paz. E aquele sorriso silencioso fez tudo parecer bem.
Um comentário:
e quando a solidão apertasse novamente e ele sentisse que agora precisava de companhia, sabia que alguns, talvez poucos, mas certamente estariam ali com ele, se não fisicamente, espiritualmente e estes nunca o abandonariam.
Te amo Joey (L)
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