eu

21 anos, faculdade, música, amigos, família, futebol. surpresas. longe de tudo e de todos. saudade de tudo e de todos. nascer do sol, pôr do sol, lua cheia, mar e areia, festa e casa, tranquilidade, paz, harmonia, felicidade. amor e mais amor, carinhos, sorrisos, abraços. abraços, sorrisos, carinhos, mais amor e amor. violão, baixo, saudade, esperança, fé. curiosidade, sede por conhecimento, paciência.

+

universo, galáxias, estrelas, planetas, satélites. oceanos, mares, rios, lagos, lagoas. florestas, matas, árvores, grama. baleias, elefantes, girafas, leões, macacos, homens. do maior pro menor, não necessariamente nessa ordem, cada um com sua incomparável beleza, simplicidade e compelxidade. bonito ou feio, inteiro ou meio, cada um encanta com suas características ímpares, e fazem com que nos recolhamos à nossa insignificância perante o todo.



E então aquela calmaria era realmente o que ele precisava: Não ter que correr pro trabalho, pra aula, pra fazer as coisas pros outros. Ele estava ali por estar. Só porque ele queria. E isso o fazia um bem tremendo. Muitos diriam que sua vida não era lá essas coisas, com necessidades e afins, porém o que diziam não o afetavam. Ele sabia das dificuldades e também das regalias que tinha na vida, e então dava o valor que queria dar pra elas.



Poder ver os amigos, poder sair pra passear sem horário pra chegar em casa, poder dormir até tarde. Certos privilégios que as vezes pareciam tão distantes agora estavam ali, na sua frente, ao seu alcance. E então ele os agarrou e não soltava mais. Dando o valor que antigamente não dava para coisas tão simples. Foi então que ele percebeu que sempre dá valor quando sente falta. E isso acontecia de verdade, não só em ditados clichês que sempre ouvira...

E aquela calmaria era realmente o que ele precisava: Não ter que correr pro trabalho, pra aula, pra fazer as coisas pros outros. Ele estava ali por estar. Só porque ele queria. E isso o fazia um bem tremendo. Muitos diriam que sua vida não era lá essas coisas, com necessidades e afins, porém o que diziam não o afetavam. Ele sabia das dificuldades e também das regalias que tinha na vida, e então dava o valor que queria dar pra elas.
Poder ver os amigos, poder sair pra passear sem horário pra chegar em casa, poder dormir até tarde. Certos privilégios que as vezes pareciam tão distantes agora estavam ali, na sua frente, ao seu alcance. E então ele os agarrou e não soltava mais. Dando o valor que antigamente não dava para coisas tão simples. Foi então que ele percebeu que sempre dá valor quando sente falta. E isso acontecia de verdade, não só em ditados clichês que sempre ouvira...

Pensar

Ele odiava sentir-se daquele jeito. O problema é que ele não sabia identificar que 'jeito' era esse e nem como ou porque se sentia assim. Já tentara diversas formas de se animar, de eliminar aquele sentimento de vazio, de inutilidade, algo do tipo. Porém se não se sabe nem o que se sente, como saber o que fazer para combater esse sentimento tão estranho?
E a dúvida só aumentava conforme o dia passava. E não imaginava nenhuma maneira de conseguir mudar o rumo do dia, que tendia a piorar. Pensou então que podia deixar o dia ruim, assim o dia seguinte com certeza seria melhor. Então resolveu assim: não se esforçaria mais, deixaria fluir.
O problema é que o dia piorou. E muito. Foi aí que julgou que dormir poderia ser um bom remédio. Se não pensasse, não se sentiria mal. Só então conseguiu entender a possível causa de todo esse problema: pensar. E parou de pensar.
E isso resolveu seu problema. Pelo menos por enquanto.

Move one inch at a time.
Don't make shit rhyme.
Would it be easy to repeat the first line?
My mind's not a well;
It won't run dry.
Just keep drinking water and you'll be alright.
This is paralysis with no time at all to let go.

Well don't call me by my full name,
And all this is temporary.
It feels much better to know that you won't feel a thing.
Well don't talk about it;
Write it down but don't ask for help.
I can't be honest with even myself.
Did you ever wish you were somebody else?

Accomplishments are transient.
They pulled me in unremittingly.
Just lasting this long,
I feel relieved to let repetition save me.

Well don't call me by my full name,
And all this is temporary.
It feels much better to know that you won't feel a thing.
Well don't talk about it;
Write it down but don't ask for help.
I can't be honest with even myself.
Did you ever wish you were somebody else?

Move one inch at a time.
You'll be just fine.
Move one inch at a time.
You'll find...
They pulled me in but accomplishments are transient.
They pulled me in but accomplishments are transient.

Well don't call me by my full name,
And all this is temporary.
It feels much better to know that you won't feel a thing.
Well don't talk about it;
Write it down but don't ask for help.
I can't be honest with even myself.
Did you ever wish you were...
Did you ever wish you were...
Did you ever wish you were somebody else?

Mary had a little lamb.


E ele não conseguia dormir mais uma vez. Não sabia o motivo, só sabia que tentava e não conseguia. Deitava na cama, rolava pra lá, rolava pra cá e o sono não chegava. Havia tentado de tudo: ouvir música calma, ficar quieto, pensar em alguma coisa, mas não adiantava. E essa não era a primeira vez. Pelo contrário, a semana toda era a mesma chatice, de precisar dormir pra acordar cedo no outro dia e não conseguir.
Seriam as férias forçadas? Provavelmente não. O tédio dá sono. E nem assim consegue dormir. Insônia também é pouco provável, pois não há preocupação nenhuma, nem nada que possa tirar-lhe o sono. Então o que poderia ser?
E continuou a pensar, sem chegar a nenhuma conclusão. Não dormiria na frente da tv mais uma vez. O sofá, sempre tão confortável, o deixa com dores nas costas, justamente por não ser projetado para servir de colchão.
E então a madrugada ia caindo cada vez mais. A hora de acordar se aproximava e ele nem tinha conseguido dormir ainda.
Foi então que percebeu que chovia lá fora. Aquele barulho das gotas batendo no seu telhado, na sua janela... Parou pra prestar atenção e foi ouvindo aquele som gostoso. E essa chuva funcionou melhor do que qualquer contagem de carneirinhos que se tenha notícias.

Carpe Diem

Primeiramente, esse texto não é meu. Recebi por email e achei muito bom, ae deu vontade de postar aqui. Os créditos estão no fim ;)

Aí um dia você toma um avião para Paris, a lazer ou a trabalho, em um vôo da Air France, em que a comida e a bebida têm a obrigação de oferecer a melhor experiência gastronômica de bordo do mundo, e o avião mergulha para a morte no meio do Oceano Atlântico. Sem que você perceba, ou possa fazer qualquer coisa a respeito, sua vida acabou. Numa bola de fogo ou nos 4 000 metros de água congelante abaixo de você naquele mar sem fim. Você que tinha acabado de conseguir dormir na poltrona ou de colocar os fones de ouvido para assistir ao primeiro filme da noite ou de saborear uma segunda taça de vinho tinto com o cobertorzinho do avião sobre os joelhos. Talvez você tenha tido tempo de ter a consciência do fim, de que tudo te'rminava ali. Talvez você nem tenha tido a chance de se dar conta disso. Fim.
Tudo que ia pela sua cabeça desaparece do mundo sem deixar vestígios. Como se jamais tivesse existido. Seus planos de trocar de emprego ou de expandir os negócios. Seu amor imenso pelos filhos e sua tremenda incapacidade de expressar esse amor. Seu medo da velhice, suas preocupações em relação à aposentadoria. Sua insegurança em relação ao seu real talento, às chances de sobrevivência de suas competências nesse mundo que troca de regras a cada seis meses. Seu receio de que sua mulher, de cuja afeição você depende mais do que imagina, um dia lhe deixe. Ou pior: que permaneça com você infeliz, tendo deixado de amá-lo. Seus sonhos de trocar de casa, sua torcida para que seu time faça uma boa temporada, o tesão que você sente pela ascensorista com ar triste. Suas noites de insônia, essa sinusite que você está desenvolvendo, suas saudades do cigarro. Os planos de voltar à academia, a grande contabilidade (nem sempre com saldo positivo) dos amores e dos ódios que você angariou e destilou pela vida, as dezenas de pequenos problemas cotidianos que você tinha anotado na agenda para resolver assim que tivesse tempo. Bastou um segundo para que tudo isso fosse desligado. Para que todo esse universo pessoal que tantas vezes lhe pesou toneladas tenha se apagado. Como uma lâmpada que acaba e não volta a acender mais. Fim.
Então, aproveite bem o seu dia. Extraia dele todos os bons sentimentos possíveis. Não deixe nada para depois. Diga o que tem para dizer. Demonstre. Seja você mesmo. Não guarde lixo dentro de casa. Não cultive amarguras e sofrimentos. Prefira o sorriso. Dê risada de tudo, de si mesmo. Não adie alegrias nem contentamentos nem sabores bons. Seja feliz. Hoje. Amanhã é uma ilusão. Ontem é uma lembrança. No fundo, só existe o hoje. Revista Exame – Adriano Silva

Nesse finalzinho (não itálico) parece que o cara tirou as palavras da minha boca. Descreveu toda uma filosofia de vida em poucas linhas. E muito bem.
As vezes as coisas simples são as mais complexas. E essas coisas fazem um bem que não tem como se descrever.
Então, pessoas, aproveitem o 'agora'. Pois o 'agora' é tudo o que realmente existe. O resto é só coisa que fica na sua cabeça.

Presente


E uma vez ele resolveu parar pra pensar no que tinha feito com sua vida. Valia a pena mesmo deixar tudo de lado e recomeçar? Era importante continuar com o seu plano e dar mais importância para o futuro do que para o passado? Era isso realmente que ele queria?
Então, conforme esses pensamentos rodavam em sua cabeça, ele começou a pensar no que poderia fazer para não mais ficar confuso com eles, mas sim aprender e crescer. Afinal, a distância era uma grande professora. A saudade talvez ainda maior.
Percebeu que quando se ficava longe por muito tempo, algumas coisas ficavam mal, mas muitas outras melhoravam. E aí valia algo que havia ouvido falar quando criança e até então não precisara confirmar se era verdade: A solidão ensina.
E ele realmente aprendeu. Aprendeu que a saudade nunca é tão grande que não se possa matar. Aprendeu que a amizade nunca é tão intensa que não se possa crescer ainda mais. Aprendeu que sempre que se está triste haverá um ombro amigo para desabafar. Aprendeu que nada é impossível. Que se há força de vontade, há uma esperança.
E então voltou a si. Aquele tempo que ficara pensando o mostrou que a escolha havia sido correta. O seu sonho estava mais próximo. O seu caminho estava trilhado. O seu futuro o aguardava logo ali. E o seu passado estava mais vivo do que nunca: no seu presente.